25 de maio de 2015

Caracóis de Farinheira


Fiz estes caracóis para o meu jantar de aniversário, também fiz outras entradas mas não as fotografei, fica para outra ocasião. Estes tiveram o aval daqueles que os provaram, ainda para mais pela facilidade com  que os fazemos. Pelo que é para voltar a repetir.

Caracóis de Farinheira
(faz uns 8 a 10)
1 massa folhada (de preferência rectangular. eu usei redonda), 1 farinheira (usei da beira alta)

Tirar a pele da farinheira e esmagar com um garfo num prato. Reservar. Retirar a massa folhada do frigorífico, abrir com cuidado sem tirar a folha de papel vegetal e espalhar a farinheira de modo a preencher a massa sem criar grandes grumos para não enjoar mais tarde. Voltar a enrolar a massa sobre si e levar ao frigorífico cerca de 30 minutos. Após este tempo, tirar a massa do frio, cortar pequenas rodelas com cerca de 1 cm de largura, e levar ao forno pré-aquecido a 180º num tabuleiro forrado com papel vegetal, colocar as rodelas espaçadas para quando cozinharem não se colarem e levar a assar por cerca de 25 minutos podendo ir vendo até a massa estar tostada sem queimar a farinheira.

22 de maio de 2015

40 anos


Cheguei aos 40 anos de vida. Dia feliz e solarengo, rodeada de quem me aquece por dentro. Tenho vindo a fazer uma reflexão do que quero para mim daqui em diante, recordando o que já fiz, o que deixei por fazer, quem imaginava ser quando chegasse a esta escada da vida confrontada com quem sou no dia de hoje. Trago em mim sabedoria, cicatrizes que o tempo inevitavelmente causou, mas com a destreza de cuidar delas com amor por mim que fui sabendo conquistar. Tem sido um caminho cheio de curvas e contra curvas, nada linear como achei que seria quando tinha 20 anos. Do que sonhei para mim na altura, e embora de forma diferente, sobra-me a filha que tive o privilégio de conceber e pôr no mundo, esperando que continue a fazer por dar ao mundo um espaço melhor para todos nós. Da menina tímida, medrosa com o mundo, com uma baixa estima por si própria, resulta uma mulher bonita, forte e guerreira que aprendeu a correr em busca do que acredita, sempre com o seu melhor sorriso ou gargalhada, de coração meigo abraçando os que sofrem e não demonstram, escutando todos e ensinando a verem o outro prisma da questão. Sempre. A imprevisibilidade da vida fez de mim uma pessoa apta à mudança, aliada à criatividade de combater adversidades. Mantenho o que me salva de muitos momentos pesados, o humor, e acima de tudo a esperança que o mau não pode durar sempre. Tenho sabido viver comigo e aprendi a saborear a companhia desta mulher que descubro interessante em muitas horas de um dia de 24 horas. Continuo refilona porque não tolero injustiça, mas até isso consegui perceber que só posso fazer por melhorar o que depende de mim. Reconheço maior tolerância, mas mais bravura, se bem que um toque de ingenuidade continua a caracterizar esta pessoa que se me apresenta nesta fase, mas não faz mal, não gosto de mim endurecida pela realidade, porque não ver a palete de cores mesmo com esta idade? Hoje sei quem vale a pena ter a meu lado, mesmo que não o esteja fisicamente. A não ter medo de amar, mesmo quando dói. A lutar pelo que acredito. A fazer por os meus dias continuarem a ter o sentido que necessito. Falta-me ainda aprender a deixar a cria seguir o seu caminho sem que o meu coração se esmigalhe vezes sem conta, lá chegarei (acho). Foi um dia bom. Com o carinho que preciso para continuar a ter a força de resistir a ventos e tormentas. A família continua a ser o meu núcleo, a de sangue e a de coração, a que fui escolhendo e a que me chegou há pouco e pela qual já nutro um amor de perdição. Os meus 40 anos receberam-me de sorriso desenhado, uma mulher forte e bonita (dizem).

Bolo de Laranja, Cenoura e Amêndoa

5 ovos, sumo e raspa de 2 laranjas, 250g de açúcar amarelo, 250 g de cenoura crua ralada, 100g de farinha de trigo, 100g de amêndoa, 65 g de farinha de milho, 2 colheres de chá de fermento em pó.
Cobertura: Sumo de 1 laranja pequena, 200 g de açúcar em pó, raspa de laranja para decorar (No meu caso como o efeito do glacé de laranja foi absorvido pelo bolo, fiz um novo glacé de limão - sumo de meio limão e 100g de açúcar em pó, de acordo com a consistência pretendida ir adicionando mais açúcar).

Pré-aquecer o forno a 180º. Numa taça bater as gemas com o açúcar, adicionar, a raspa e o sumo de laranja, mexer bem, juntar a cenoura ralada e a amêndoa, voltar a mexer bem. Acrescentar as farinhas e o fermento e envolver. Bater as claras em castelo e envolver no preparado anterior suavemente. Levar a mistura numa taça redonda, sem buraco, previamente forrada com papel vegetal (apenas barrei manteiga e polvilhei com farinha) e levar a assar cerca de 45 minutos ou até o bolo estar cozido (verificar com um palito). Deixar o bolo arrefecer completamente antes de o passar para um prato. 
Para a cobertura, misturar o sumo de laranja e açúcar em pó de forma a ficar tipo royalicing. Como referi, no meu caso tive a necessidade de fazer o tradicional glacé de limão, o que acabou por cortar o doce do bolo dando aquele sabor mais ácido o qual foi bem aceite por quem o provou.


19 de maio de 2015

Granola {para o meu pequeno almoço}


Ontem foi dia de fazer granola caseira cá por casa. Espreitei o que tinha dentro dos meus frascos e pus-me de volta dos cereais e sementes que tinha. 

Coloquei numa tigela 1 copo de aveia fina, 1 copo de aveia grossa, 1 copo de flocos de centeio, 1 copo de côco ralado, 1 1/2 com amêndoas e nozes, 1/2 copo de sementes de abóbora, 1/2 de sementes de girassol, 1/2 sementes de sésamo e misturei tudo. À parte numa panela média, coloquei 2 colheres de sobremesa de óleo de côco, 1 colher de sobremesa de canela em pó, 2 colheres de sobremesa de mel, 1 colher de sobremesa de açúcar amarelo, 3 colheres de sopa de água, e levei ao lume até tudo ficar líquido. Verti a mistura dos secos mexendo de forma a envolver o líquido. Levei ao forno pré-aquecido a 180º por cerca de 25 minutos, onde ia verificando e mexendo até ficar tostado (próxima vez deixar tostar um pouco mais). 
E pronto, hoje o meu pequeno almoço foi uma taça de iogurte grego natural com esta mina mistura 2 morangos cortados em pedaços e o meu café do bem para começar o dia cheia de energia e segura que com este vento que se faz sentir lá fora é quase certo que seja levada por aí.

13 de maio de 2015

Rotinas


Passou a ser uma rotina cuidar melhor de mim. Ter em mente que não posso desanimar ou fugir do caminho que me predispus a percorrer com o coração bravo que vou reconhecendo. Nesta fase em que tenho imenso tempo para tudo e para nada, é importante manter-me disciplinada. Ter a rapariga mais nova cá de casa ainda em escola também ajuda. O horário mantém-se. Acordar cedo, preparar a refeição favorita para mim e para ela. Cuidar de nós. Ter disciplina após deixá-la na escola, e não dispersar. Criar uma rotina semelhante àquela que tinha quando apanhava o autocarro e seguia rumo a um trabalho que me desgastava e consumia horas do dia e pouco ou nada devolveu. Agora que os dias estão lindos, quentes e amenos, faço por cumprir cerca de 45 minutos a 1 hora e meia de caminhada e exercício ao ar livre. Ganho energia e procuro resguardar em mim a confiança necessária. Ter o pensamento positivo e focado. Estudar mais e melhor sobre a minha área de formação que deixei ficar-se esquecida numa gaveta fruto da pressão desta sociedade onde escolhi para viver. Escrever, escrever muito sobre o que acredito, defendo e pretendo transmitir, apoiando as famílias, escolas e instituições. Focar-me no essencial. Bater a muitas portas, a todas que consiga. Criar espaço para que consiga voltar ao ativo em breve e acima de tudo exercer a profissão que escolhi. Ser uma holandesa neste meu mundo e saborear melhor os alimentos que escolho para o meu menu, no sentido em que a fruta, os legumes, os cereais e o ar livre são uma regra. Fazer apenas uma refeição quente ao dia. Haja alguma coisa de bom que os anos em que vivi fora me trouxeram, o saber lidar com a diversidade e até mesmo com a adversidade. Manter o foco e não me desviar mais dele, mesmo que por vezes assuste, me angustie, me traga medo. Aprender a vencer o medo de falhar e recuar novamente voltando ao caminho já feito e que não foi ao encontro desta mulher que aos poucos renasce em mim. E é nesta rotina que vou construindo os meus dias, a pessoa que quero ser nesta nova fase que se avizinha, nos meus próximos 40 anos de vida. Ser uma pessoa mais madura e ao mesmo tempo saber que tudo isto só podia ser feito da forma como foi, sem tirar nem por, mesmo que por vezes me magoe, me aborreça, me desgaste. Acima de tudo, que esta nova rotina seja o caminho a ser feito todos os dias e me leve até onde eu desejo.

O jantar de ontem


De semana gosto de fazer algo simples, prático, embora agora com mais tempo não deixo de gostar de reinventar algo menos complicado. Assim para quem queira fazer uma refeição rápida e nutritiva deixo mais esta receita desta vez com grão, que eu adoro.

Estufado de Lentilhas Vermelhas e Grão com Bulgur

200g de lentilhas vermelhas, 1 cebola pequena, 2 dentes de alho, 100 g de grão cozido, 200g de bróculos a gosto, 1 1/2 colher de café de coentros em pó, 1 folha de louro, 2 colheres de sopa de azeite, 1 colher de café de manjericão seco, 1 colher de sobremesa de gengibre fresco ralado, sal 1 q.b. 1 colher de sobremesa de hortelã picada
Para o acompanhamento: 1 copo de bulgur, 1 knorr de legumes, 1 copo de água.

Demolhar previamente as lentilhas cerca de 6 a 8 horas em água. Num tacho anti aderente refogar a cebola cortada os bocadinhos, o alho e a folha de louro, depois juntar os coentros e o manjericão em pó. Deixar a cebola caramelizar um pouco. Adicionar as lentilhas escorridas e lavadas, o sumo do gengibre ralado (de acordo com o gosto de cada um pode juntar a fibra ao preparado), os bróculos e a hortelã. Juntar 1 copo de água e um pouco de sal e deixar cozinhar em lume brando. 

Num tacho à parte preparar o bulgur colocando 1 copo de cereal com um caldo knorr (usei o de legumes) e 1 copo de água (eu coloquei mais meio copo de água) e deixar cozinhar até o bulgur se encontrar cozido (leva cerca de 10 minutos), vá mexendo e provando a gosto. Quando estiver quase pronto tape o tacho ou panela para que acabe de cozer. 

Voltando ao estufado, que não deve cozinhar mais do que 15 minutos para as lentilhas não se desfazerem, juntar o grão que já deverá estar cozido, voltar a envolver, verificar novamente o sal e os condimentos. Quando estiver pronto salpicar com mais um pouco de hortelã fresca finamente picada.
Simples e rápido.

8 de maio de 2015

Estufado de Lentilhas Batata Doce e Abacate


Há uns tempos a esta parte tenho-me rendido ao abacate. Numa fatia de pão torrada, simples ou com fatias de fiambre de frango ou peru, com requeijão ou misturado com fruta, a cremosidade que se espalha dentro da boca, a sensação boa que se espalha aqui por dentro tem sido imperdível. Mas adiante. Ontem foi dia de fazer algo diferente aqui por casa, seguindo as últimas (minhas) tendências. A rapariga mais nova não experimentou, não a massacro, haverá tempo para ir aos poucos apaixonando-se por estas minhas nova iguarias (ou não). Fiz um estufado de lentilhas, uma leguminosa que cá em Portugal não tenho (tinha) o hábito de fazer mas que era assídua na minha mesa na Alemanha e Suíça. Esses velhos tempos em breve regressarão à minha mesa...apenas à mesa, mas com o ensinamento necessário que me transmitiu. Ficou um prato rico, saboroso e colorido, algo que adoro, e mais importante, reconfortante dado que trazia uma dor de cabeça terrível durante o dia inteiro.

Estufado de Lentilhas, Batata Doce e Abacate 
(para 2 pessoas)

100g de lentilhas castanhas (1/2 chávena) demolhada aproximadamente 8 horas, 1 batata doce, 1/2 cebola, 2 dentes de alho, 1/2 chávena de castanhas congeladas, 1 tomate maduro, 1 chávena de espinafres, 1 colher café de cominhos, 1 colher de café de pimenta preta, 1 colher de café de paprika, 1 colher de café de coentros em pó, 2 folhas de louro, sal a gosto, 2 colheres de sopa de azeite extra virgem, salsa para guarnecer.

Escorrer e lavar as lentilhas que se encontram demolhadas cerca de 8 horas. Numa panela anti aderente salteia-se a cebola, o azeite e os dentes de alho. Adicionar as especiarias e as folhas de louro. Deixar fritar mais um pouco a cebola até ficar dourada. Depois juntar o tomate pelado e cortado aos cubos e envolver no preparado anterior. Tapar a panela e deixar cozinhar um pouco. Mexer de vez em quando. Assim que o tomate estiver desfeito juntar a batata partida em cubos  e as castanhas. Juntar um pouco de água (1 chávena) para não pegar e voltar a tapar. Adicionar um pouco de sal a gosto.Quando as batatas e as castanhas estiverem quase cozinhadas, juntar as lentilhas, mais um pouco de água e envolver tudo, pode também caso queira, juntar uma colher de sopa dos talos da salsa picados finamente. Deixar cozinhar por 10 minutos com o lume reduzido. Os espinafres são os últimos a serem adicionados ao preparado. Voltar a envolver e verificar de sal ou outra especiaria.O tempo de cozedura das lentilhas deve rondar os 15 a 20 minutos uma vez que não é uma grande quantidade. Desligar o lume, guarnecer com salsa picada finamente e acrescentar no prato algumas fatias de abacate.
Este prato pode ser feito de várias formas, para quem não gosta de abacate pode juntar-se cogumelos aquando se juntam as lentilhas, ou o que melhor se desejar.

6 de maio de 2015

Nunca se diz não a um brownie


Adoro chocolate e adoro mais ainda receitas simples e rápidas, onde ao fim de uma hora já dá para me sentar a saborear uma fatia ou neste caso, um quadrado.
Sou fã de brownies, há receitas mais elaboradas e criativas, mas deixo aqui uma que costumo fazer que é fácil, simples e deliciosa.

Brownies de Chocolate

300gr de açúcar, 180 gr de manteiga sem sal, 4 ovos,100 gr de farinha,  200 gr de chocolate 70% cacau, 100 gr de miolo de noz (opcional), 2 colheres de chá de fermento em pó.

Unta-se e forra-se com papel vegetal uma forma rectangular. Entretanto derreter 150 gr de chocolate com a manteiga reservando o restante chocolate. Numa tigela bater o açúcar com os ovos e misturar o chocolate e a manteiga derretida, voltar a mexer. Adicionar o fermento e aos poucos a farinha, envolvendo sem necessidade de mexer demasiado. Com uma faca partir grosseiramente o chocolate restante e as nozes caso se opte por juntá-las. Verter no preparado anterior. Voltar a envolver. Colocar a mistura na forma e levar ao forno pré-aquecido a 170ºC durante 30 minutos. Confirmar com a ajuda de um palito. O bolo deverá ficar com uma textura molhada e uma crosta mais crocante (não há necessidade de bem cozido). O ideal é ir espreitando. Retirar do forno após cozedura e deixar arrefecer na forma. Depois de frio, cortar aos quadrados e servir simples ou com uma bola de gelado a gosto.

Hoje para o almoço


Como ando por casa neste último mês e não dá para estar sempre a fazer almoço e jantar todos os dias, opto por simplificar no almoço. Além de que quando estou sozinha posso dar azo ao meu imaginário que a encaracolada cá de casa não está para torcer o nariz, e preparar algo mais ao meu gosto, prático e se calhar um pouco diferente. Acho óptimo mesmo para dias em que se queira fazer um picnic e fazer sandes alternativas ao queijo e fiambre com alface. Os benefícios estão lá todos e nem falha com a proteína necessária diariamente. Quando vivia na Alemanha não achava piada alguma ao salmão fumado, nem aqueles molhos que eles usam (mais na Holanda), no entanto e como já referi, o palato tem vindo a modificar-se, e hoje é um dos meus pratos predilectos. Usei pão de sementes de abóbora, mas pode ser usado qualquer tipo de pão, ou quem preferir nem pão usar e acompanhar com uma salada ou num crepe simples.

Nesta sandes de sementes abóbora coloquei uma fatia de salmão fumado, cenoura ralada, folhas de espinafres e molho de iogurte.

Molho de Iogurte
2 colheres de sopa de iogurte grego (pode ser natural também), sumo de meio limão, pimenta a gosto, sal marinho a gosto e 1 colher de sobremesa de mostarda em pó, 1 colher de sobremesa de salsa (não havia cebolinho no meu canteiro). Mexer e pronto a usar. Guardar no frio.

5 de maio de 2015

Rituais


Depende de cada fim de semana. Acordar devagarinho. Sentir a casa sossegada. Mimar os meus pequenos (amor pequeno e maior) ou quando o sobrinho passa o dia connosco. Saber que se tem mais um dia para desfrutar.
Manhãs tardias, e nada melhor do que as iniciar com panquecas de banana recheadas com fruta da época que adoro e um café para mim, que sem ele sou outra pessoa.

Panquecas de Banana:
1 banana madura
1 copo de leite morno
1 copo de farinha
2 colheres de sopa de manteiga sem sal
2 ovos

Juntar os ovos com a farinha, a banana e o copo de leite (se quiser juntar raspa de limão ou laranja). Verte o leite morno e a manteiga derretida. Misturar todos os ingredientes. Colocar pequenas porções na frigideira, virar de lado quando surgirem as bolhinhas na massa et voilá, um pequeno almoço que perfuma a casa inteira, deixando um rasto de paz e serenidade.

Bolo Verde



Bolo de Agrião e Chocolate
3 ovos
1 chávena e meia de chá de açúcar (usei amarelo)
1 colher de chá de essência de baunilha
200 gr de folhas de agriões frescas, limpas e sem os talos
meia chávena de chá de óleo de girassol
2 chávenas de chá de farinha peneirada
1 colher de chá de fermento para bolos


Para a cobertura:
200 gr de chocolate culinária (pode-se usar metade de um negro e de um de leite, como melhor desejar)
6 colheres de sopa de natas

Bate-se os ovos com o açúcar até formar uma mistura clara e homogénea. Adicionar a essência de baunilha e os agriões triturados numa liquidificadora (eu usei a varinha mágica com 2 colheres de iogurte natural), depois de tudo bem misturado, adicionar a farinha aos poucos, bem como o fermento. Levar ao forno (pré-aquecido a 180ºC cerca de 30 min (verifique se já está com um palito, caso contrário manter no quente por mais 5 min)

Preparar a cobertura:
Numa tigela coloquei o chocolate partido aos bocados com as natas e levei ao microondas por 3 min, mexi para misturar os elementos até ficar completamente derretido.

Aquando o bolo pronto, deixar arrefecer um pouco, e desenformar, depois verter a cobertura e decorar a gosto.
Até a mais nova cá de casa que é estranha a tudo o que lhe soa a diferente, adorou.


Um dia meu


Seguir em diante é meu mote último. Saborear pequenos nadas, estar com quem me faz sorrir, e mesmo aqueles que me fazem pensar, e descobrir coisas novas dentro de mim, mesmo as que não gosto.

Adoro esta sopa.
1 courgette + 3 cenouras + 2 batatas doces + uma mão cheia de castanhas congeladas + 2 dentes de alho + 100g de feijão verde + 1 alho francês pequeno + 2 colheres de sopa de azeite
Refogar a cebola e os alhos no azeite, juntar os legumes cortados em rodelas finas, deixá-los cozer ao vapor (lume baixo) e no fim juntar água que cubra apenas os legumes. Deixa-se ferver e quando estiverem tenros passa-se com a "varinha" e já está.  Uma noz de créme fraîche e umas ervas aromáticas a darem o toque final.


Crédito de imagem|dagmarskitchen


Hambúrgueres de legumes, grão e tofu

Há uns tempos atrás experimentei uma receita da Mafalda Dias (sou uma fã dela). Uma delícia. 
Ando cada vez mais virada para legumes e leguminosas. Recordo que enquanto vivi na Holanda e Suíça, era mais assim, e pelos vistos voltei. Se for a ver bem, a comida, a nutrição, as receitas fazem parte de mim desde que me lembro de mim. É daqueles momentos em que desligo do mundo. Faz-me bem!


Hambúrgueres de Legumes, Grão e Tofu
(faz 8 grandes)

1 colher de sopa de azeite
1 cebola, picada
2 dentes de alho esmagados
½ molho de coentros, talos picados
1 colher de chá de açafrão das índias
1 cenoura, ralada
1 mão cheia de espinafres bebé, picado
1 bloco de tofu, bem escorrido
1 lata de grão, escorrida e passada por agua
1 limão sumo
1 a 2 colheres de sopa de tamari ou molho de soja (usei molho de soja)
1 colher de chá de óleo de sésamo torrado (não usei)
folhas de coentros
¼ chávena de sementes de girassol

Aqueça o azeite numa frigideira media em lume médio. Quando estiver quente junte a cebola e saltei por 3 minutos até começar a amolecer. Junte o alho. talos de coentros picados e o açafrão. Cozinhe mexendo por 1 minuto. Junte a cenoura e espinafres, cozinhe ate os espinafres murcharem. Tempere a gosto com sal. Coloque numa tigela grande.
Entretanto coloque os restantes ingredientes excepto as sementes, num robot. Bata até obter uma mistura ainda com uns pedaços, prove e junte mais tamari se necessário. Junte a mistura à tigela com a cebola juntamente com as sementes de girassol. Misture tudo muito bem. Forme hambúrgueres da mistura. Pode congelar por 3 meses ou colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal e assar no forno a 180º por 20 a 30 minutos ou até dourado.


Granola de Chocolate

 Ando para repetir a experiência da granola caseira há séculos. Ontem foi o dia. embora não tivesse todos os ingrediente secos que desejasse, os que tinha cá por casa fizeram a delícia na mesa. Desta vez aventurei-me pela de chocolate, uma delícia. A mais nova cá de casa não é fã destas coisas ditas mais saudáveis, dar-lhe tempo, dêem-lhe cerelac e é vê-la feliz até à noite, mas insisto no percurso mais saudável, mais amigo do organismo, da mente e da alma, pelo que lá chegaremos.
E começam também a surgir as ideias para oferendas de Natal que acaba sempre por ser um oferta carinhosa, o tempo que despendemos a elaborar uma receita, a embrulhar, a escrevinhar, a colocar tanto de nós e a oferecer a quem nos quer bem. 


Granola

4 copos de aveia (Coloquei 2 de aveia pequena e 2 copos de flocos de centeio)
1 copo de amêndoas moídas
1 copo de sementes de girassol
1 copo de sésamo e chia (misturados)
2 colheres de sopa de óleo de girassol
4 colheres de sopa de mel
1 colher de sopa de essência de baunilha
1 copo de pepitas de chocolate (parti metade de uma tablete de chocolate negro)

Pré aquecer o forno a 180º. Num tacho levar ao lume o mel, o óleo e a essência, quando estiverem diluídos, juntar a mistura dos secos e envolver bem todos os ingredientes. Levar ao forno num tabuleiro forrado com papel vegetal e espalhar a mistura. Deixar secar durante 20 a 25 min, convém supervisionar para não ficarem demasiado queimados. Quando arrefecer juntar as pepitas de chocolate. Eu separei metade da mistura e adicionei numa delas frutos secos (que podem ser a gosto de qualquer um). O importante é ser saudável, fácil e delicioso.



Equilíbrio


Andamos todos num frenesim diário. Bombardeados pelo que nos chega, seja através dos media, seja através do círculo mais chegado. Não gosto de extremismos. Nem 8 ou 80 é uma das expressões portuguesas que melhor define estes últimos tempos. Sou mais a favor de colocar as coisas em perspectiva, olhar para a questão de fora, noutro ângulo. Nos dias de hoje, penso que está em falta sentir mais, perguntar a si mesmo o que é que encaixa em si, o que lhe serve, qual o melhor caminho, ao contrário seguimos tal carneiros a ideia que encaixou no outro, serviu ao outro. Se calhar enquanto povo sempre assim fomos, o que se aplicou naquele país longínquo deve se calhar caber ao nosso, e toca de experimentar sem colocar a verdadeira questão, analisar se efectivamente é o ideal para nós. Agora e depois de uma reportagem que veio alertar para o que comemos, voltámos a incorrer no extremo [não digo todos], se serve para aquele também deve servir para mim. Calma, nada na vida pode ser feito sem o sentir. Ontem aquele alimento era top, hoje está no fim da lista. Gosto de equilíbrio, gosto de saber qual o benefício, e em que é que eu posso alterar no meu dia a dia para que sinta que o que faço me faz sentido a mim e ao meu mundo. O exagero não é saudável, nunca foi, seja de uma forma ou de outra. Não se vai deixar de comer açúcar cá por casa, vai se antes continuar o caminho que sigo há bastante tempo, Equilibrado. Os legumes e fruta estão [continuam] sempre na lista, os cereais [aveia, trigo, centeio, arroz, etc] também. O leite vai sendo escasso, mas ainda assim por cá vive, se bem que magro. Como gosto de cozinhar e sempre me deliciei com receitas, bolos de pastelaria são raros, a miúda sempre bebeu água, os sumos e ice tea's são para quando o rei faz anos. E é assim que vai continuar a ser. Há 8 anos que regressei ao país e confesso que o que mais me custou foi o sedentarismo, é este o qual tento combater como posso. Se calhar agora com mais tempo, posso voltar a exercitar o corpo mais frequentemente. Voltar a marchar, quem sabe correr, e sentir a natureza, aproveitar o melhor que temos, que ainda vai sendo de graça. Equilíbrio, portanto, é a palavra de ordem aqui por estas bandas. E retirar sempre o melhor de cada experiência, alimento, situação.

Pão de Banana 

1 ovo, 11/2 colher (sopa) de manteiga de amendoim, 1 banana (madura), 3 colheres (sopa) de sésamo, 1 chávena de açúcar amarelo, 1 colher (sopa) de essência de baunilha,  1 chávena de farinha (desta vez usei farinha integral), 1 colher (café) de fermento.

Bater o ovo com o açúcar, juntar a manteiga de amendoim e bater um pouco, juntar a banana esmagada e depois juntar a essência de baunilha, continuar a mexer. Adicionar o sésamo previamente torrado numa frigideira. Adicionar a farinha e o fermento e continuar a envolver. Levar ao forno numa forma de pão inglês forrado com papel vegetal a 180ºC durante 25/30 min. (convém ir verificando com um palito). Eu costumo colocar por cima sementes de girassol por cima do preparado e levar ao forno, mas é opcional.

Bolachas de Limão e Gengibre


A vida tem destas coisas. Há 10 anos atrás estava em casa, desempregada a tentar ajustar-me a um país de língua diferente. Sobrava tempo para o mais importante. Ver a minha bebé crescer bem de perto foi e é um dos maiores privilégios que tive e pelo qual sou imensamente grata. O gosto pela cozinha nunca me abandonou, nem mesmo nos dias em que fui literalmente uma fada do lar. É das coisas que mais prazer me dá, encontrar uma receita, colocar algo de mim e deixá-la ganhar corpo. Hoje, volvido este tempo, encontro-me novamente em casa mas com outra disposição para a vida, acreditando que poderei criar melhor caminho. Há uns tempos a esta parte que ando para fazer bolachas, e como cada vez mais sou adepta do benefício de cada produto que consumo, tento aliar o melhor para o meu bem estar. Hoje fiz bolachas para matar saudades e ela poder levar algo caseiro para a escola.


Bolachas de Limão e Gengibre

120 gr de farinha (usei de trigo), 1 colher de café de fermento, 60 gr de açúcar amarelo, raspa de 1 limão, raspa de gengibre fresco ralado (1 colher de sobremesa) ou  em pó, 80 gr de manteiga amolecida, 1 clara de ovo.

Numa taça misturar os ingredientes secos, o limão e o gengibre. Adicionar a manteiga e unir os ingredientes secos usando as pontas dos dedos até que se forme uma massa granulosa. Juntar a clara e bater apenas até ligar os ingredientes. Formar um rolo com a massa com cerca de 2,5cm de diâmetro. Levar ao frigorífico cerca de 30 minutos. Pré-aquecer o forno a 180º. Preparar um tabuleiro de forno com uma folha de papel vegetal. Retirar a massa do frigorífico e cortar em fatias com cerca de 0,5 cm de espessura. Colocar no tabuleiro espassadas e deixar cozer por cerca de 5 a 7 minutos ou até que estejam ligeiramente duradas. Retirar o tabuleiro do forno e deixar as bolachas arrefecer.

Hora de Laranja e Canela


Nem sempre fácil gerir emoções nesta fase em que me encontro. Nem sempre alegre, mas nem sempre triste. Creio que faz parte de nós e do nosso avançar nos anos, conseguir ter a destreza de olhar de fora um pensamento que nos consome e nos angustia e se calhar este ser bem mais pesado do que a realidade o é. Redescobrir em mim uma força absoluta contra o que veio é de agradecer, a mim e a quem lida comigo no meu dia a dia, sejam mais ou menos presentes. Tenho buscado conhecer-me melhor. Perdoar erros cometidos. Caminhar em diante com a fé de que serei capaz de alcançar o que me propus. Aprender melhor a não dispersar tanto, a não desligar o som do meu coração nem o que me dita. Pedir ajuda quando necessário. E dar, dar muito de mim aos outros. Só assim faz sentido estar por aqui. Agradecer, sempre. E confiar que a vida resolve-se e que o tempo devolverá o que me é devido, nem mais, nem menos. Hora de semear.

Nos entretantos, mimar esta pequena ideia que me surgiu e que tanto gozo me dá. O meu mote é primar pelo saudável e no meio de experiências e tentativas surgiu-me a ideia de fazer umas bolachas caseiras com ar rústico e que modéstia à parte ficaram saborosas. São simples e saudáveis.

Bolachas de Laranja e Canela

200gr de farinha (usei farinha integral), 1 colher (café) de fermento, 1 colher (sobremesa) de canela, 90 gr de manteiga amolecida s/sal, 85 gr de açúcar (amarelo), raspa de 1 laranja, 1 ovo.

Misturar a farinha com o fermento e canela. Juntar os cubos de manteiga amolecida e esfarelar com os dedos até ficar com a consistência de migalha de pão. Acrescentar o açúcar, a raspa de laranja e o ovo batido previamente. Amassar bem. Deixar cerca de 1 hora a repousar no frigorífico coberto com película. Estender a massa com cerca de 3 mm de diâmetro e cortar com a forma pretendida (no meu caso e talvez pela farinha usada, fiz pequenas bolinhas e depois amassei dando aspecto de pequeno biscoito/bolacha). colocar num tabuleiro sobre papel vegetal. Levar a cozer em forno aquecido a 180º até ficarem douradas. Deixar arrefecer por 2 a 3 minutos no tabuleiro e depois transferir para uma grade até arrefecerem completamente.

Bulgur


Ainda não tive oportunidade de referir aqui o quanto sou fã de bulgur, mas sou e muito. Gosto de o fazer simples e ir acrescentando o que houver na minha despensa. Ou então fazer estilo risotto e mais tarde acrescentar queijo ralado e folhas de hortelã picada. Uma delícia. É um alimento usado na cozinha mediterrânea e completo cuja facilidade em cozinhar dá imenso prazer dado que é simples. 

E como sou fã de algo prático para o dia a dia e saudável acima de tudo, fiz este bulgur com ervilhas e atum e coentros. 

Numa panela colocar a mesma proporção de bulgur e água (coloquei mais meia chávena) e levar a ferver. Mexe-se um pouco e assim que tiver com o aspecto inchado e quase sem água, desligar o lume e tapar deixando cozer com o calor da panela (como acontece na confecção de arroz). Nesta usei um caldo knorr para massas (traz basillicum que adoro). À parte fiz um refogado com cebola, alho e azeite. Juntei as ervilhas e um pouco de pimenta e deixei cozinhar um pouco. Adicionei o atum e os coentros grosseiramente picados. Após a cozedura do bulgur, acrescentei-o ao refogado anterior, envolvi tudo e coloquei mais um pouco de coentros frescos. Mas após isto se acharem por bem, podem juntar queijo ralado, cebolinho ou hortelã ou o que desejarem. Nada melhor do que se manter criativo na cozinha.

Espinafres na minha mesa


Como o palato se transforma com o tempo. Incrível. Se há uns anos atrás me dissessem que ia adorar comer folhas de espinafre cru com sementes de qualquer parte, ainda por cima com coisas estranhas de nomes duvidosos tipo goji  chia  a adornar o prato, diria que estava tudo louco. No entanto, é a salada última que se passeia pela minha mesa nos últimos tempos. A combinação salgada do tempero com o ligeiro adocicado das bagas vermelhas é delicioso (para quem aprecia).

Para a salada uma porção de folhas de espinafres frescos lavados a gosto. 2 colheres de sopa de bagas goji (também a gosto, colocar menos ou mais dependendo do que se quer), 1 colher de sopa de sementes de girassol, 2 colheres de sopa de sementes de sésamo previamente torrado (não é necessário ficar muito dourado), 1 colher de sopa de chia. Para preparar o molho, coloquei 2 colheres e meia de azeite, 1 colher de sopa de vinagre balsâmico, uma pitada de sal marinho, pimenta e orégãos. Misturei tudo até o sal se dissolver e adicionei às folhas de espinafres guarnecidas pelas bagas e sementes. Excelente acompanhamento e fonte de ferro e energia do bem.

As proporções são meramente indicadores, vai de acordo com o gosto de cada um. Normalmente coloco a olho.

A primeira página deste meu kilo


Entre tantas experiências ao longo dos dias. Das sugestões que me fazem, dos pedidos e dicas e do caminho que venho a fazer ultimamente, e porque cada vez mais vou partilhando e aprendendo, achei por bem criar este novo espaço. Criar a primeira página deste meu livro, deste meu mundo. Um dos meus maiores prazeres é e sempre foi a cozinha, desde a minha de origem como as de outros locais onde vivi e passei. Se há coisa que gosto é de comer, mas acima de tudo saber o que como e que benefício me traz. Alio isso ao gostar de estar entre panelas e tachos, sentir odor de um prato a nascer no calor do fogão ou forno. Experimentar receitas novas e colocar sempre algo de mim, um toque diferente. Não sou fundamentalista, mas ultimamente viajo mais por pratos alternativos onde a cor reina e o mais saudável me cativa. Continuo a ser gulosa. Por isso este meu kilo e meio de...amor, farinha, amizade, açúcar. O que me trouxer será tanto meu como de quem aparecer por aqui.